Ciclo “Da Paz e da Guerra” (3ª sessão)

14 de abril 2007 – Auditória da Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva – Ericeira

“Crime Organizado na União Europeia”

A Dr.ª Helena Carrapiço falou sobre a União Europeia e o crime organizado, tema central do doutoramento que está a fazer no Instituto Universitário Europeu em Florença. Referiu a dificuldade de articulação dos Estados Membros da U.E. em várias áreas, nomeadamente no combate à calamidade que constitui hoje o crime organizado transnacional justificando, em parte, esta ineficácia pelo carácter “avulso” de muitas das medidas tomadas; surgem quase como que por reacção epidérmica a um acontecimento, a um atentado, e, por isso, passado algum tempo estão esquecidas, ultrapassadas. Para a Dr.ª Helena Carrapiço é fundamental que a legislação seja “pensada”, articulada, verdadeiramente consistente, que possa combater, efectivamente, as ameaças terroristas de que a Europa está a ser alvo.

“O Enfraquecimento do Ocidente”

O General Loureiro dos Santos, personalidade internacionalmente reconhecida nas áreas da Estratégia, Segurança e Defesa, desenvolveu com a clareza que se lhe reconhece, o tema do enfraquecimento do Ocidente, nos planos económico, militar, psicológico, moral e político. Segundo o General Loureiro dos Santos o terrorismo é mesmo o principal desafio que se coloca ao futuro da União Europeia porque há o risco dele conseguir atingir os valores fundamentais da EU, a democracia e a tolerância. A legislação que alguns países estão a desenvolver para combate ao terrorismo ao porem em causa os direitos humanos são exemplo disso e, de alguma forma a própria vitória do terrorismo. uma forma, a vitória do terrorismo e a continuar neste sentido o terrorismo irá ganhar…

O debate que se seguiu prolongou-se por uma hora e nele participaram muitas das 130 pessoas que compunham o auditório. Fica para reflexão a frase com que o General Loureiro dos Santos encerrou a conferência: “- O grande problema do mundo actual é que o futuro é inesperado e muito imprevisível; o mais certo é não acertarmos em nada do que vai, realmente, acontecer no futuro…”